Rever, refazer, reencontrar | 2013
Francisco Villa-Chan faz o caminho das terras de Pernambuco e encontra o cenário onde as cores do céu, do barro, das folhas, se espalham sob o sol e nos trazem uma agradável sensação de familiaridade.
Ver as figurações de paisagem de Francisco Villa-Chan é fazer o caminho das terras de Pernambuco e encontrar o cenário onde as cores do céu, do barro, das folhas, se espalham sob o sol e nos trazem uma agradável sensação de familiaridade.
Encontrar as expressões abstratas de Francisco Villa-Chan é fazer um percurso inovador pela sua expressão artística e ver até onde nos leva a sua criatividade e a sua capacidade de nos transportar ao território – para muitos, desconhecido – da sua arte interior.
Villa-Chan pinta o que gosta e o que sente.
Se as pessoas gostam das cenas que ele reflete do mundo exterior ou se elas se encantam com a beleza das suas abstrações, é apenas o resultado da dedicação e seriedade com que ele encara o ofício de pintar, da catpacidade de transmitir aos outros o que está em seus olhos ou em seu coração.
Os que sempre lhe acompanharam, sabem que quando ele pinta uma cena da vida real, quase que em seguida sente a necessidade de expressar também o sentimento que ela lhe provocou, com uma explosão de cores que remetem à vanguarda abstracionista na qual se inseriu nos anos 60 e onde continua a experimentar, até hoje.
Para Francisco Villa-Chan, Ver é Fazer, é Encontrar.
Para nós, que podemos apreciar a reunião dessas diferentes vertentes do seu trabalho, ver e rever Villa-Chan, encontrar o seu mundo exterior e reencontrar as cores do seu mundo interior, é fazer um caminho conhecido, mas que nos leva a um Vila-Chan ainda melhor e sempre coerente com a sua pintura e consigo mesmo.
E que não se cansa de fazer e refazer sua arte.
Recife, setembro de 2013
Beth Araruna