Mensagens para Gaia
Cildo Oliveira
Que lugar deixaremos para os que vierem depois de nós?
Um planeta desmatado, um aumento gigantesco das cidades, águas subterrâneas contaminadas, buraco na camada de ozônio, metade da população mundial abaixo da linha de pobreza?
O artista Cildo Oliveira fez uma viagem aos povos indígenas, nativos que vivem na e da natureza e que acreditam que seus deuses são as manifestações dos elementos próprios do universo: sol, lua, chuva, etc…, para ouvir as mensagens por eles ditas, divinas, que apontam caminhos e ações como respostas aos desafios vivenciados por nós todos, nesses tempos estranhos.
Toda a exposição é fundamentada nas crenças, nos comportamentos e na signagem indígena. Cildo Oliveira encontra na iconografia indígena os recursos fundantes para a criação de suas narrativas plásticas. São cartas-metáforas em imagens apropriadas e resgates de antigas fotografias elaboradas pelo artista.
Mensagens para Gaia é uma antologia de observações memorialistas, um registro de alguns caminhos por onde tenho passado sempre remetendo para uma dimensão crítica. Neste território se manifestam e se materializam linguagens multifacetadas e representações complexas, através, de documentos pessoais, como cartas e diários, que partilham da constituição de um regime de sensibilidades, ou seja, da construção da história, nos segredos da intimidade, se inventam pela narrativa de si e pela narrativa para os outros.
São doze Mensagens enviadas todos os meses numa mesma data de cada mês, todas com apropriações de mapas documentais do Século XVII, iconografia indígena e fotos de Recife, desenvolvendo uma correspondência aberta às discussões das grandes problemáticas contemporâneas: a sustentabilidade, o meio ambiente; a relação com a Mãe Gaia. Beth Araruna
Projeto Mensagens para Gaia
Folder Exposição
Projeto Arte-Educação - Conhecimento Indígena
Exposição Cildo Oliveira – Mensagens para Gaia
“Os rios são seus principais habitats. Caminham pelas suas margens, plantam e colhem seus alimentos, contemplam e agradecem aos deuses pela vida recebida.”
Cildo Oliveira
A Linguagem
Um dos elementos estruturantes de uma cultura é a linguagem.
No Brasil devido aos variados povos que para aqui vieram, absolveu se diversos dialetos que conformaram a nossa língua, que fortaleceu a possibilidade da união nacional desse imenso pais.
Entretanto apesar da grande dizimação especialmente dos indígenas que foram nossos primeiros habitantes , ainda restam diversas tribos que merecem ter sua linguagem revisitada e restaurada.
Assim, imbuído dessa crença , o artista criou um espaço com um cem números de palavras da língua indígena que, ao caminharmos entre elas, percebemos a importância desse percurso como um dos determinantes eixos para o fortalecimento da nossa identidade de brasileiros.
Beth Araruna
“Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele.
Por isso o universo de cada um, se resume no tamanho de seu saber.”
Albert Einstein
Exposição Virtual
A rede
A rede mundial de comunicação – www – permite uma conexão de todos com todos.
O acesso a toda informação acumulada pela humanidade está criando no cérebro humano um novo neurônio, despertando uma nova referência face a vida.
Um novo paradigma civilizatório: Visão integrada e holística considerando as interdependências entre:
Logos- ergo sum—– para ——- Pathos, ergo sum
Penso, logo existo—- para ——- Sinto, logo existo
Linha do Tempo
Cildo Oliveira
Cildo Oliveira, artista plástico experimental, trabalha espaços alternativos, institucionais e urbanos, com objetos, estruturas, arte pública e ambiental e interferências urbanas. Encontrou seu caminho nas pesquisas de materiais, através do papel manufaturado e outros suportes.Suas pinturas em técnica mista, guache e aquarelas sugerem dimensões poéticas no registro de ecossistemas e das culturas autóctones brasileiras.
Artista visual pernambucano radicado em São Paulo • Mestrado em Artes Visuais UNESP SP • Criador e Curador do Prêmio Porto Seguro Fotografia – SP 2001 -2015 • Assistente de Curadoria (Radha Abramo) Mostra Vestígios 50 Anos de Holocausto – Paço das Artes -SP 1995 • Assessor da Diretoria (Emanoel Araújo) da Pinacoteca do Estado – SP – (1992 – 1995) • Assessor de Artes Plásticas (Fernando Morais) da Secretária da Cultura SP (1989 – 1990) • Diretor da Casa das Rosas (1990 -1992) • Assistente de Diretoria e Coordenador de Cursos e Palestras do MuBe
Principais exposições individuais
2021 – Queimam-se raros fogos nas desertas margens do rio – POSTAL ARTIST BOOKS – Art Paper Interchange Art Projects – Letonia
2020 – Entre Beiras das Aldeias – Extendere Casa das Rosa – SP – Leão do Norte Convivium – Galeria A Hebraica – SP
2019 – As Brumas de Cadmio – Amateras Foundation – Sofia Bulgaria.
2018 – Itinerárius Galeria A Hebraica – SP – Enquanto Aldeões Guaiás – Painel/caribagen – ACCEDERE Ocupação espacial – UNIBES-SP.
2017 – Identidades e Diferenças – Arte Aplicada Gal. de Arte – SP
2016 – Semitarius – Os novos andarilhos, grafadas sendas – Casa das Rosas- SP
2014 – Tópicos 14 Adhaerere – Em Águas Julianas – Espaço Cultural Casa Amarela -SP
2013 – Sobre um nome não dado – Cena 16.01- Leão do Norte – Espaço Cultural Casa Amarela – SP
2013 – Quaternum, Sobrelidos -Juliana Viventes – Casa das Rosas- SP
2000 – A Desdobra – Mônica Uint Escritório de Arte – SP
1999 – Newark Art Gallery – Ohio – EUA.
1996 – Brazilian American Cultural Institute – Washington DC
1986 – Traço Galeria de Arte – SP.
1982 – Desenhos e pastéis – Galeria Ibero – Americana – SP.